O Japão melhorou sua posição entre 126 nações avaliadas na edição 2018 do Índice Global de Inovação (IGI), que é publicado anualmente desde 2007 pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Para realizar o estudo, que está em sua 11ª edição e que foi divulgado esta semana, especialistas analisaram e classificaram 126 países com base em 7 pilares da inovação com um total de 80 indicadores relacionados a investimentos, desenvolvimento e pesquisa, infraestrutura, capital humano, tecnologia da informação, educação, economia, ambiente de negócios, política, pedidos de propriedade intelectual, entre outros aspectos.
Os países então recebem notas que partem de 1 a 100 em cada um dos indicadores analisados. Por fim, é estimada a média geral para a classificação do ranking principal relativos aos 80 indicadores.
Além disso, o levantamento ainda avalia outras três áreas (entrada de inovação, saída de inovação e índice de eficiência), que tem um ranking geral à parte.
O índice de eficiência serve para destacar as economias que alcançaram mais com menos recursos, bem como aquelas que não cumpriram o seu potencial de inovação. Por isso, as colocações são diferentes no índice geral e no de eficiência.
O Japão, por exemplo, está posicionado em 13º lugar no ranking geral, mas ocupa a 44ª posição no índice de eficiência.
Embora as posições em ambos os índices pareçam mediana para um país que é a terceira potência econômica mundial, elas melhoraram significativamente nos últimos anos. No ranking geral, Japão subiu uma posição em relação ao Índice Global de 2017 e saltou seis lugares em 3 anos, enquanto alavancou significativas cinco posições no índice de eficiência em apenas um ano.
No topo do ranking está a Suíça, tanto no ranking geral como no índice de eficiência. Aliás, a soberania suíça é incontestável, já que domina a posição de país mais inovador do mundo há oito anos consecutivos, contando a edição de 2018.
A maior novidade no estudo deste ano, no entanto, é a China, que entrou para a lista das 20 principais economias mais inovadoras, ocupando o 17º lugar no ranking, enquanto os Estados Unidos caíram para o 6º lugar ante a 4ª posição ocupada no ano passado.
Essa realidade mostra que, entre as três maiores economias do mundo, somente Japão e China ascenderam no importante estudo, com os chineses sobressaindo mais, visto que subiram 5 posições em relação ao ranking anterior.
“É muito difícil um país copiar o outro, mas o que podemos aprender com a China é a necessidade de ter uma estratégia muito clara de desenvolvimento, especialmente em ramos como educação universitária e investimento em pesquisa”, diz Soumitra Dutta, professor de Cornell e um dos responsáveis pelo estudo.
Mas outras nações também mostram uma trajetória claramente ascendente, como Índia (60º para 57º), Irã (75º para 65º), Tailândia (de 51º para 44º lugar) e Vietnã (75º para 45º). Já Israel subiu 6 degraus em um ano e ficou na 11ª posição.
O Brasil, maior economia da América Latina e Caribe, ocupa o 64º no estudo deste ano, subindo cinco posições na comparação com 2017. Essa é a melhor posição do País em quatro anos.
Mas o Brasil não tem a liderança da América Latina, ocupada pelo Chile, que está em 47º lugar, a melhor classificação para a região.
Veja a lista abaixo com os 20 países mais inovadores e suas notas:
(incluindo dados do Brasil)
1 Suíça
Nota: 68.40
Índice de eficiência: 1º lugar, com 0.96 pontos
2 Países Baixos
Nota: 63.32
Índice de eficiência: 4º lugar, com 0.91 pontos
3 Suécia
Nota: 63.08
Índice de eficiência: 10º lugar, com 0.82 pontos
4 Reino Unido
Nota: 60.13
Índice de eficiência: 21º lugar, com 0.77 pontos
5 Singapura
Nota: 59.83
Índice de eficiência: 63º lugar, com 0.61 pontos
6 Estados Unidos
Nota: 59.81
Índice de eficiência: 22º lugar, com 0.76 pontos
7 Finlândia
Nota: 59.63
Índice de eficiência: 24º lugar, com 0.76 pontos
8 Dinamarca
Nota: 58.39
Índice de eficiência: 29º lugar, com 0.73 pontos
9 Alemanha
Nota: 58.03
Índice de eficiência: 9º lugar, com 0.83 pontos
10 Irlanda
Nota: 57.19
Índice de eficiência: 13º lugar, com 0.81 pontos
11 Israel
Nota: 56.79
Índice de eficiência: 14º lugar, com 0.81 pontos
12 República da Coreia
Nota: 56.63
Índice de eficiência: 20º lugar, com 0.79 pontos
13 Japão
Nota: 54.95
Índice de eficiência: 44º lugar, com 0.68 pontos
14 Hong Kong
Nota: 54.62
Índice de eficiência: 54º lugar, com 0.64 pontos
15 Luxemburgo
Nota: 54.53
Índice de eficiência: 2º lugar, com 0.94 pontos
16 França
Nota: 54.36
Índice de eficiência: 32º lugar, com 0.72 pontos
17 China
Nota: 53.06
Índice de eficiência: 3º lugar, com 0.92 pontos
18 Canadá
Nota: 52.98
Índice de eficiência: 61º lugar, com 0.61 pontos
19 Noruega
Nota: 52.63
Índice de eficiência: 52º lugar, com 0.64 pontos
20 Austrália
Nota: 51.98
Índice de eficiência: 76º lugar, com 0.58 pontos
64º Brasil
Nota: 33.44
Índice de eficiência: 85º lugar, com 0.54 pontos
Do Mundo-Nipo
Fonte: The Global Innovation Index 2018.
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