Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou estável ante o real nesta quarta-feira (13), em um dia que o mercado avaliavam as implicações da morte do candidato Eduardo Campos (PSB) na disputa pela Presidência do Brasil.
O dólar comercial encerrou o dia com leve valorização de 0,01%, cotado a R$ 2,2787 para venda. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,1 bilhão.
Na semana, a moeda dos EUA acumula queda de 0,36% e no ano, de 3,34%. No mês, no entanto, há alta de 0,39%.
O dólar teve um dia bastante instável, após a morte do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, de 49 anos. Ele morreu em um acidente de avião em Santos (72 km de São Paulo), por volta das 10h desta quarta-feira. Os investidores analisavam como a saída de Campos da disputa vai mudar a corrida eleitoral.
Segundo as últimas pesquisas, Campos tinha cerca de 10% das intenções de voto nas eleições de outubro, atrás da presidente Dilma Rousseff e do candidato do PSDB, Aécio Neves.
A coligação comandada pelo PSB terá dez dias para pedir à Justiça Eleitoral o registro de um novo nome para concorrer à Presidência. Os investidores se perguntam se a candidata à vice na chapa do PSB, a ex-senadora Marina Silva, pode assumir o lugar de Campos.
Questões eleitorais têm influenciado os mercados financeiros brasileiros, em momento em que investidores demonstram desconfiança sobre a condução da política econômica do governo de Dilma, de acordo com a agência de notícias Reuters.
A queda do dólar nesta quarta também refletia dúvidas sobre o ímpeto da economia dos Estados Unidos após o resultado fraco das vendas no varejo no mês passado, menores preocupações geopolíticas com a Ucrânia e com o Iraque. Além disso, ajudava a constante atuação do Banco Central brasileiro no câmbio.
As vendas no varejo nos EUA ficaram inesperadamente estáveis em julho, sugerindo que o crescimento econômico norte-americano no terceiro trimestre provavelmente diminuirá o ritmo após a forte expansão no segundo trimestre.
Analistas acreditam que o dado fraco sugere que o Fed (banco central dos EUA) pode adiar um pouco o aumento dos juros para ter certeza de que a economia norte-americana está se recuperando com mais força
As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o resultado do dólar.
Pela manhã, o BC deu continuidade à intervenções diárias ao vender a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 199,0 milhões. Todos os swaps vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015. Também foram ofertados contratos para 1º de junho, mas nenhum foi vendido.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro, no terceiro leilão ofertando mais papéis. Ao todo, o BC já rolou cerca de 35% do lote total, que corresponde a US$ 10,070 bilhões.
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.
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