Sul do Japão é atingindo por novo terremoto de magnitude 6,4

Pelo menos três pessoas morreram e 90 estão feridas, enquanto muitas se encontram sob escombros ou desaparecidas.
Cidade de Mashiki foi a mais atingida pelo terremoro em Kukamoto Foto Kyodo

A região sul do Japão foi atingida por dois fortes terremotos de magnitude 6,4 em menos de três horas, instaurando um verdadeiro caos na cidade de Kumamoto (local dos dois epicentros), onde edificações desabaram e várias pessoas encontram-se presas sob os escombros.

Segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA), este último tremor foi registrado às 00h03 de sexta-feira (12h03 desta quinta-feira em Brasília), com epicentro também no centro da província de Kumamoto, a uma profundidade muito rasa, de apenas 10 quilômetros.

O abalo sísmico anterior ocorreu a menos de três horas do segundo, às 21h26 locais desta quinta-feira (09h26 pelo horário de Brasília), com a mesma profundidade e localização do epicentro.

Trinta minutos depois do primeiro terremoto de magnitude 6,4, foi registrado outro forte tremor, de 5,7, seguido de muitos outros tremores secundários que variaram entre magnitude 3,3 a 5, até culminar no segundo terremoto de magnitude 6,4.

Na escala japonesa, o primeiro tremor atingiu o grau máximo de 7 (considerado muito forte), enquanto o segundo acusou grau 6+ (forte).  O grau de magnitude equivale à intensidade do terremoto no epicentro. Já a escala japonesa considera o nível de abalo sentido na superfície da terra, avaliado em uma escala que vai de 1 a 7 graus.

Imagens exibidas por várias emissoras japonesas mostraram bombeiros trabalhando para apagar incêndios em pelo menos cinco locais distintos em Kumamoto, enquanto equipes prosseguem nos trabalhos de resgates das pessoas que ficaram presas nos escombros.

Segundo o canal internacional ‘Euronews’, autoridades locais reportaram que muitas pessoas estão desaparecidas. Até o momento, os registros contabilizam três pessoas mortas e 90 feridas, com várias em estado grave. Além disso, centenas de pessoas foram levadas para abrigos temporários.

O sistema de transportes aéreos e ferroviários foi interrompido em Kumamoto, onde mais de 16 mil lares tiveram o fornecimento de gás e de energia elétrica interrompidos, segundo a agência de notícias ‘Kyodo’.

A empresa que opera o Castelo de Kumamoto, um entre os três mais famosos e conservados castelos do Japão, informou que os dois terremotos “não provocaram danos aparentes à construção milenar”. Contudo, a empresa disse que “haverá uma inspeção mais apurada para avaliar se estrutura base do castelo foi afetada”, de acordo com o calan japonês ‘ANN News’.

O ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, garantiu que as centrais nucleares da região não foram afetadas pelo tremor, mas admitiu preocupação ante um novo terremoto de grandes proporções, uma vez que a JMA emitiu alerta de uma semana para os chamados “tremores secundários”.

Mediante a isso, o primeiro-ministro Shinzo Abe convocou uma reunião de emergência para acompanhar a evolução do ocorrido caso e tomar as medidas necessárias.  “Temos a intenção de fazer o máximo para compreender a situação”, disse Abe logo após o primeiro terremoto de magnitude 6,4, de acordo com a agência de noticias ‘Kyodo’.

*Para saber mais detalhes, como áreas atingidas e suas respectivas intensidades do tremor, visite a página com os dados do terremoto no site oficial da JMA.

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