Dólar segue exterior e fecha na menor cotação em mais de um mês

Na semana, o dólar acumula desvalorização de mais de 1% ante o real.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em queda de quase 1% ante o real nesta quarta-feira (15), acompanhando o movimento visto no cenário externo, que teve um dia instável em razão de divulgações de indicadores sobre a economia dos Estados Unidos e da China.

A moeda norte-americana encerrou a sessão de hoje com desvalorização de 0,94%, cotada a R$ 3,0343 na venda. Trata-se da segunda queda consecutiva da moeda americana e o menor valor de fechamento em mais de um mês, desde 5 de março, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,012.

Na sessão anterior, o dólar fechou em queda de quase 2%, interrompendo uma sequência de 3 altas sobre o real. A moeda fechou o pregão negociada a R$ 3,063 na venda, em queda de 1,97%, anulando a alta da véspera, quando subiu 1,74%. Com isso, a moeda acumula desvalorização de 1,17% na semana.

Segundo dados da BM&FBovespa, o movimento financeiro de hoje foi um melhor do que na véspera, em torno de US$ 1,2 bilhão, contra cerca de US$ 988 milhões observados na terça-feira.

Mais cedo, a divisa dos EUA subia com o cenário externo e após os dados de crescimento da China virem dentro do esperado. No primeiro trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu 7%, o menor valor desde 2009.

O resultado já era esperado pelo mercado, o que ajudou a aliviar a preocupação de investidores com a desaceleração da economia chinesa. A queda nas exportações do país asiático em março, divulgada na segunda-feira (13), havia gerado expectativa de que os números sobre o PIB fossem ainda piores.

Durante a tarde, o dólar deixou de operar em alta, após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulgar que a produção industrial no país caiu 0,6% em março, a maior queda desde agosto de 2012 e pior do que a expectativa de economistas, de recuo de 0,3%, pressionada por uma retração na produção em mineração e concessionárias de serviços públicos.

O relatório do Fed, conhecido como Livro Bege, informou que a atividade econômica dos EUA continuou a expandir de meados de fevereiro até o fim de março, mas um dólar forte e a queda nos preços do petróleo prejudicaram o setor industrial.

“O Livro Bege não trouxe informação de melhora na economia e a produção industrial (dos EUA) teve uma queda maior que o esperado, então investidores estão apostando que o Fed vai postergar a alta de juros por lá”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

No exterior, o dólar caía 0,40% frente a uma cesta de moedas pouco antes das 17h30.

No cenário doméstico, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,36% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo dados dessazonalizados. O número contrariou a estimativa de queda de 0,20%.

“Ainda podemos ter momentos de turbulência devido às incertezas políticas, mas parece que chegamos a um momento com menos flutuações, em um novo patamar para o câmbio”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Atuações do Banco Central
O Banco Central realizou mais um leilão para rolar contratos antigos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 4 de maio. Foram vendidos 10,6 mil contratos: 6.800 para 1º de março de 2016 e os outros 3.800 com vencimento em 3 de outubro do ano que vem.

A operação movimentou o equivalente a US$ 515,6 milhões. Até o momento, o BC rolou US$ 5,137 bilhões, ou o equivalente a cerca de 51% do lote total com vencimento em maio, correspondente a US$ 10,115 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde março.

Fontes: Agência Reuters | Portal G1 | Jornal Folha de S.Paulo.

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