A proposta do Japão de liberar a caça comercial de baleias foi vetada na sexta-feira pela Comissão Baleeira Internacional (CBI) reunida esta semana em Florianópolis, no sul do Brasil.
Os japoneses não conseguiram os 75% dos votos necessários para derrubar a moratória da caça comercial de baleias instituída há 32 anos.
Na votação, 41 países foram contra a proposta japonesa, enquanto 27 votaram a favor.
A Rússia e a Coreia do Sul foram os únicos Estados a abster-se na votação. Esta proposta tinha sido liderada pelo Japão e contava com a Noruega e a Islândia entre os principais apoiadores – os únicos países que permitem a caça comercial à baleia.
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Em resposta a decisão, o Japão afirma “reconsiderar seriamente” sua permanência como nação membro da CBI, organismo internacional que proíbe a prática da caça comercial de baleias desde 1986.
Declaração de Florianópolis
A Comissão Baleeira Internacional aprovou também a “Declaração de Florianópolis”, um documento que afirma que “a caça comercial de baleia já não é uma atividade econômica necessária”.
Esta proposta liderada pelo Japão vem no sentido de uma tentativa de reforma da CBI, procurando transformá-la numa entidade de “gestão de recursos” que permita a caça às baleias “cuja população seja suficientemente saudável para ser caçada de forma sustentável”.
Paralelamente, o Japão também pretendia obter permissão para a caçar baleias Minke, espécie que o país afirma não estar em vias de extinção. As baleias Minke não se encontram na lista de espécies protegidas da International Union for Conservation of Nature e, de acordo com representantes japoneses, são parte da história do país.
Caça de baleias com “fins científicos”
A carne de baleia é popular em algumas regiões do Japão, embora a procura pela mesma tenha decrescido nos últimos anos. Apesar de proibida, Japão continua a caça de baleias Minke graças à exceção aberta para caça com “fins científicos”.
Em 2014, órgãos internacionais apelaram ao Japão para que parasse com a caça, considerando “não ser realmente destinada a fins científico”. Na época, o país obedeceu ao pedido, mas retomou a “caça científica às baleias” em março 2016.
Do Mundo-Nipo
Fonte:s Esquerda.net | JORNAL HOJE.
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