Dólar tem terceira alta seguida e fecha acima de R$ 2,36

Segundo analistas, o BC quer manter o dólar num patamar que não recue de R$ 2,35, mas também não chegue a R$ 2,40.

Do Mundo-Nipo

Apesar do aumento da taxa básica de juros (a Selic) na véspera, o dólar encerrou em alta ante o real nesta quinta-feira (16), num movimento influenciado por uma saída de dólares do Brasil, acompanhando também o fortalecimento da moeda no exterior, após dados positivos sobre o mercado de trabalho indicarem a recuperação da economia norte-americana.

O dólar comercial encerrou o dia com valorização de 0,35%, cotado a R$ 2,3657 para a venda. É a terceira alta seguida da moeda norte-americana. Veja cotações.

Segundo dados da BM&F, o volume de negócios no dia ficou em torno de US$ 1,2 bilhão, mesmo volume de véspera.

Na quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, aumentou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, indo de 10% para 10,5% ao ano. É a sétima reunião seguida do Copom em que os juros sobem.

Com o aumento da Selic, houve a expectativa de entrada de dólares no país já que, com a taxa mais alta, é mais interessante para investidores estrangeiros colocarem seu dinheiro no Brasil. Entrando mais dólares, o valor da moeda em reais cairia, de acordo com o portal UOL Economia.

O Banco Central também manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em dezembro. Agora, em vez de 10 mil contratos de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro), são ofertados 4 mil contratos diariamente.

Ainda de acordo com o UOL, nesta quinta, a autoridade monetária vendeu todos os contratos ofertados, em uma operação que movimentou o equivalente a US$ 198,3 milhões. Foram vendidos 1 mil contratos com vencimento em 2 de maio e 3 mil contratos com vencimento em 1º de setembro de 2014.

Os negócios de hoje também foi marcado pelo início da rolagem dos contratos de dólar que vencem em 3 de fevereiro. Com isso, o Banco Central pretende adiar o vencimento dos contratos.

Foram rolados 25 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares). Entre os novos contratos vendidos, 3,3 mil têm vencimento em 1º de agosto de 2014 e 21,7 mil, em 3 de novembro.

A operação movimentou o equivalente a US$ 1,233 bilhão. Com isso, o BC rolou cerca de 11% do lote total que vence no próximo mês, equivalente a US$ 11,028 bilhões, destacou mais cedo a agência Reuters.

Segundo analistas, o BC quer manter a moeda norte-americana num patamar que não recue de R$ 2,35, mas também não chegue a R$ 2,40, já que quando atingiu este nível, na última quinta-feira (9), quando fechou cotado a R$ 2,3975, o dólar sofreu duas quedas consecutivas até cair ao nível de R$ 2,35, na última segunda-feira (13), quando encerrou a R$ 2,3509.

Com isso, o dólar que acumulava queda de 0,32% na véspera, passou a ficar próximo da estabilidade no acumulado da semana. Na quarta-feira (15), a moeda dos EUA teve leve valorização de 0,06%, fechando cotado a R$ 2,3574 na venda.

As informações das cotações são fornecidas pelo Portal Financeiro Forex Pros/Investing.com.

 


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