Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar recuou ante o real pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira (16), fechando próximo da barreira de R$ 3, acompanhando o movimento no exterior em um dia de poucos indicadores econômicos nacionais.
Ao término das negociações, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 3,0167 na venda, queda de 0,58%. Trata-se do menor valor de fechamento em mais de um mês, desde 5 de março, quando valia R$ 3,012. Com o resultado de hoje, a moeda acumula desvalorização de 3,45% em três sessões.
Segundo dados da BM&FBovespa, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,1 bilhão, contra cerca de US$ 1,2 bilhão observados na quarta-feira
Logo na abertura da sessão, o dólar operava no território negativo, passando a registrar certa volatilidade ao longo da manhã, oscilando entre leves altas e baixas. De acordo com a agência Reuters, a tendência de queda se consolidou apenas na segunda parte da sessão, quando o dólar ampliou a queda no mercado.
“As oscilações aqui são normais devido às quedas já ocorridas e ao patamar de sustentação de R$ 3”, disse à Reuters o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.
No cenário externo, o movimento de queda foi influenciado pela divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, segundo noticiou mais cedo o UOL economia. O Departamento de Trabalho dos EUA informou que, na semana passada (de 5 a 11 de abril), aumentou em 12 mil o número de pedidos de auxílio-desemprego.
O indicador é um dos termômetros da economia norte-americana avaliados pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para determinar quando haverá aumento nas taxas de juros do país.
O aumento de juros lá é visto como negativo para o Brasil porque poderia atrair para os EUA recursos atualmente investidos aqui e em outros países.
Nesta quinta, o presidente do Fed de Atlanta, no Estado da Geórgia, Dennis Lockhart, disse que o indicador de auxílio -desemprego, dentre outros, mostra desaceleração da economia. Por isso, ele diz preferir que o banco aumente os juros apenas no final do ano.
Atuações do Banco Central
O Banco Central realizou mais um leilão para rolar contratos antigos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 4 de maio. Foram vendidos 10,6 mil contratos: 9.400 para 1º de março de 2016 e os outros 1.200 com vencimento em 3 de outubro do ano que vem.
A operação movimentou o equivalente a US$ 518,3 milhões. Até o momento, o BC rolou US$ 5,655 bilhões, ou o equivalente a cerca de 56% do lote total com vencimento em maio, correspondente a US$ 10,115 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde março.
Histórico do dólar
A moeda norte-americana fechou abaixo dos R$ 3 pela última vez no dia 4 de março, a R$ 2,9807. Desde então, o dólar subiu à máxima em quase 12 anos no dia 19 de março, a R$ 3,2965, uma alta de 10,6% em 15 dias.
Após atingir a máxima desde maio de 2003, o dólar vem buscando um novo patamar e voltou a chegar mais perto dos R$ 3, onde tem encontrado resistência para cair mais.
“O mercado está tentando encontrar um novo patamar, se é em R$ 3 ou se vai romper isso”, disse Serrano, acrescentando acreditar que a moeda deve oscilar entre R$ 3 e R$ 3,10.
“Na ausência de notícias relevantes, vamos ver o dólar oscilando nesse patamar.”
(Com informações do Portal UOL e Agência Reuters)
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