O principal índice que mede a inflação ao consumidor no Japão registrou mais um mês de desaceleração, caindo em setembro para mínimas em quase dois anos e meio, pressionado pela queda nos preços da energia e elevando as chances de o Banco do Japão (BOJ – banco central japonês) ampliar seu massivo estímulo monetário ainda este mês.
Os dados estarão entre os indicadores que o Banco do Japão avaliará em sua reunião de política monetária de dois dias, entre 30 a 31 de outubro, quando realizará a revisão trimestral de suas previsões de crescimento e preço.
A inflação persistentemente baixa enfatiza o desafio que o BOJ enfrenta em acelerar a inflação para sua meta de 2% ao mesmo tempo em que a terceira maior economia do mundo enfrenta os riscos de uma desaceleração global, além dos efeitos do aumento dos impostos sobre vendas neste mês, que subiu de 8% para 10%.
Divulgado nesta sexta-feira (18), o relatório do Ministério de Assuntos Internos mostra que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que inclui produtos de petróleo mas exclui preços de alimentos frescos, subiu 0,3% em setembro sobre o ano anterior, mostraram dados do governo, igualando a expectativa e desacelerando ante avanço de 0,5% em agosto.
O resultado marcou a menor inflação ao consumidor no Japão desde abril de 2017, quando o índice subiu 0,3%, mostraram os dados.
Os preços de 297 itens subiram, mas 168 itens caíram, enquanto outros 58 permaneceram inalterados.
Destacando a frágil demanda doméstica, um índice que afasta os efeitos dos alimentos frescos e dos custos de energia, que é visto pelo BOJ como um indicador importante da inflação, subiu 0,5% no ano até setembro, desacelerando em relação ao ganho de 0,6% do mês anterior.
Da Agência Reuters / Tradução e edição do Mundo-Nipo.com (MN).
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