Japão confirma 1ª morte por trombose venosa após terremotos

Muitas pessoas procuraram abrigo nos próprios carros, onde a imobilidade prolongada expõe a pessoa ao risco de trombose e embolia.
Pessoas procuram abrigo em estacionamento em Kumamoto Foto Reproducao NHK

O governo da província de Kumamoto, no sul do Japão, confirmou nesta terça-feira (19) a primeira morte por trombose venosa, também chamada de síndrome da classe econômica, entre os sobreviventes dos terremotos que têm atingido a ilha de Kyushu, sudoeste do país, desde a quinta-feira passada, informou a emissora pública ‘NHK’.

Segundo a emissora, a vítima, uma mulher de 51 anos, procurou abrigo em seu carro logo após a cidade de Kumamoto ser atingida pelo primeiro forte terremoto, na quinta-feira (14), onde permaneceu até a segunda-feira (19), dia em quando passou mal e foi levada para um hospital local, onde foi diagnosticada com embolia pulmonar provocada por uma artéria bloqueada nos pulmões. Segundo a ‘NHK’, a mulher morreu cerca de 1 hora mais tarde.

Autoridades disseram que ela pode ter desenvolvido trombose venosa profunda (TVP), que é por vezes referido como síndrome da classe econômica, um termo que surgiu inicialmente como um problema relacionado a longas viagens de avião. Esta é uma condição na qual a má circulação provoca coágulos de sangue nas veias, muitas vezes nas pernas, depois que uma pessoa permanece em um espaço apertado por um período prolongado. O coágulo pode viajar para os pulmões e causar dificuldades respiratórias ou insuficiência cardíaca. Nas primeiras 48 horas após o surgimento da doença, o coágulo pode ir para o pulmão e provocar a morte do paciente.

Segundo a ‘NHK’, os dois fortes terremotos que atingiram a região, bem como as centenas de tremores secundários, com muitos registrando forte intensidade, têm levado muitas pessoas a procurar refúgios em carros, principalmente porque os centros públicos de amparo, bem como os abrigos temporários, se mantinham superlotados até a manhã de segunda-feira, quando autoridades reportaram um número superior a 104 mil refugiados em abrigos na província de Kumanoto.

Autoridades japonesas afirmam também que não há como contabilizar o número de pessoas que ainda se mantém refugiadas dentro de seus próprios veículos. Contudo, há registros de que, até o momento, 18 pessoas foram levadas a hospitais e diagnosticadas com síndrome da classe econômica. Duas delas estão inconscientes e em estado crítico.

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