O número de homicídios diretamente relacionados à violência doméstica no Japão atingiu o recorde de 147 casos registrados em 2015, o que representa um novo recorde de vítimas fatais por agressão no lar, segundo o mais recente relatório da Secretaria do Ministério para a Igualdade de Gêneros.
Divulgado este mês, o relatório mostra que, do total de homicídios, as mulheres representam aproximadamente 56% das vítimas, totalizando mais de 82 mortes registradas no passado, o que representa um novo recorde.
Já os casos confirmados envolvendo pessoas com ferimentos por agressão no lar, o número chegou a 2,6 mil registros. Desse total, as mulheres representam 2,5 mil das vítimas. Em relação a agressões com espancamento grave, houve 3,7 mil registros e as mulheres, mais uma vez, representam a maioria, totalizando 3,5 mil casos, de acordo com o relatório.
Para compilar os dados, o Ministério para a Igualdade de Gêneros usa como base os dados da Agência Nacional de Polícia do Japão (NPA, sigla em inglês) e dos centros de atendimento e proteção à mulher.
Segundo o último relatório da NPA, o número de denúncias de violência doméstica, feitas em centros de atendimento e em delegacias de todo o país, totalizou um recorde de 63.141 casos registrados em 2015, o que representa uma elevação de 6,9% em relação o ano anterior e marca o 12º ano consecutivo de alta.
Do total de denúncias, as mulheres representam cerca de 90% das vítimas, somando mais de 56,8 mil casos registrados no passado.
A NPA explicou que a forte elevação no número de casos de violência doméstica é porque a agência passou a incluir casos de agressão entre os casais que mantêm união estável, ou seja, aqueles que moram juntos, mas não são casados legalmente.
Essa inclusão se deve à revisão da lei japonesa “antiviolência doméstica”, em 2014, que passou a vigorar no início de 2015. Antes, a agência contabilizava somente as denúncias de violência cometida nos lares de casais casados civilmente.
Contudo, o alarmante aumento da violência doméstica no país, principalmente contra mulheres, levou o Ministério da Justiça a promover uma campanha de esclarecimento sobre os direitos da mulher. Consultas podem ser feitas por telefone (0570-070-810).
Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo.
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