Dólar sobe 1% e fecha perto de R$ 3,50 com dados fracos da China

O setor industrial da China recuou no maior ritmo em seis anos, o que gerou um quadro de aversão ao risco nos mercados globais.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar avançou 1% sobre o real nesta sexta-feira (21), fechando perto do patamar de R$ 3,50, o que ajudou a moeda a encerrar a semana com valorização. O resultado nesta sessão foi influenciado pelos dados fracos sobre atividade no setor industrial da China, o que gerou aversão ao risco nos mercados globais por preocupação sobre a desaceleração da segunda maior economia mundial.

A moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 1,05%, cotada a R$ 3,4960 na venda. Com o resultado, o dólar fecha a semana com valorização de 0,37%. No mês, acumula alta de 2,08%, enquanto que no ano a valorização é de 31,49%.

Cenário externo
Os mercados globais se mantiveram atentos à economia da China. Nesta sexta-feira, uma pesquisa revelou que as fábricas chinesas contraíram no ritmo mais rápido desde o ápice da crise financeira global de 2009, o que alimentou a demanda por ativos de baixo risco e influenciou a queda de mais de 4% da Bolsa chinesa.

Esse declínio, que vem na esteira de resultados mais fracos do que o esperado em julho, alimentou temores de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Contexto interno
Investidores olhavam com atenção para o cenário político brasileiro, em meio à possibilidade de o PMDB romper laços com governo.

Dois indicadores divulgados nesta sexta-feira apontaram dados negativos para o país. Pela manhã, a prévia da inflação (IPCA-15) mostrou que a alta nos preços atingiu o maior nível para o mês de agosto em 11 anos, apesar da desaceleração em relação a julho.

À tarde, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) indicou que o Brasil fechou 157.905 vagas de trabalho com carteira assinada em julho. Foi o pior resultado para julho desde 1992.

Atuações do Banco Central do Brasil no câmbio
O Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em setembro, vendendo nesta manhã a oferta total de até 11 mil contratos.

Ao todo, o BC já rolou US$ 7,033 bilhões, ou cerca de 70% do total de US$ 10,027 bilhões. Se continuar nesse ritmo, vai recolocar todo o lote.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com informações da Agências Reuters e Jornal Folha de S.Paulo)

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