BC do Japão anuncia reforma na política monetária

O banco central japonês disse que a mudança tem como objetivo atingir a meta de uma inflação estável de 2% ao ano.
Sede do Banco do Japão | ©Aflo Images
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O Banco do Japão (BoJ, banco central japonês, anunciou nesta quarta-feira (21) reformas em sua estrutura de política monetária, adotando uma meta para a taxa de juros de longo prazo, mas continuará a comprar títulos do governo de longo prazo a um ritmo em que o balanço de sua carteira aumente em 80 trilhões de ienes (US$ 781 bilhões) por ano, de acordo com a agência de Notícias Reuters.

Contudo, o BC japonês não cortou ainda mais a taxa de juros já negativa nem expandiu sua meta de compra de ativos, dizendo que a modificação tem o objetivo de redefinir seu programa de estímulo para a batalha de atingir e então manter a meta de inflação de 2 por cento.

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, afirmou que ter como meta diretamente a taxa de juros pode ser mais efetivo para elevar as expectativas de inflação do que focar na base monetária.

“É bastante efetivo da perspectiva de longo prazo. Mas no curto prazo, não existe uma ligação clara entre a meta de base monetária e as expectativas de inflação”, disse Kuroda em entrevista à imprensa. “É por isso que a nova estrutura de política monetária pode responder a mudanças na economia e nos preços de forma mais flexível.”

Após dois dias de reunião, o Banco do Japão manteve a taxa de juros de -0,1 por cento que aplica a alguma das reservas excessivas que as instituições financeiras deixam no banco central.

Mas abandonou a meta de base monetária e em vez disso determinou um “controle da curva de rendimento” segundo o qual comprará títulos governamentais de longo prazo para manter os rendimentos dos bônus de 10 anos em torno dos níveis atuais de zero por cento.

O banco central do Japão disse que continuará a comprar títulos do governo de longo prazo a um ritmo em que o balanço de sua carteira aumente em 80 trilhões de ienes (781 bilhões de dólares) por ano.

Da agência Reuters.


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