Dólar segue exterior e fecha acima de R$3,80

O dólar foi influenciado pelo recuo das negociações entre EUA e China e pelo discurso “breve e genérico” de Bolsonaro em Davos.
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O dólar avançou mais de 1% ante o real nesta terça-feira e fechou acima de R$ 3,80, seguindo os acontecimentos no exterior, que inclui o recuo nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China e o discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, no qual frustrou os investidores.

A moeda americana subiu 1,25%, encerrando cotada a R$ 3,8057 na venda. Na máxima da sessão, a divisa chegou a R$ 3,8098 e, na mínima, desceu a R$ 3,7461. O dólar futuro operava com alta de cerca de 1,5%, de acordo com a agência Reuters.

Em Wall Street, a moeda norte-americana acelerou o ritmo de alta no fim da sessão, após um aumento na tensão nas relações comerciais entre EUA e China.

Fontes citadas pelo Financial Times disseram que os Estados Unidos recusaram uma oferta chinesa para uma reunião preparatória de comércio antes das negociações de alto nível marcadas para a próxima semana.

O economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, disse à ‘Reuters’ que os relatos indicam que as negociações entre os EUA e a China “estão numa situação mais difícil”.

Enquanto isso, investidores do mundo todo aguardavam ansiosos a fala de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial. O discurso do presidente, no entanto, frustrou um pouco aqueles que buscavam por pistas sobre a reforma da Previdência.

Em um discurso breve e genérico, Bolsonaro disse que seu governo tem credibilidade “para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós”, mas não entrou em detalhes.

Na ausência de novidades sobre a Previdência, o mercado passou a olhar para o exterior.

Nos Estados Unidos, os mercados acionários operavam em queda por temores renovados de uma desaceleração no crescimento global.

A aversão ao risco seguiu o anúncio, na véspera, do Fundo Monetário Internacional. A Instituição cortou suas previsões de crescimento global para 2019 e 2020, citando fraqueza na Europa e em alguns mercados emergentes, além de tensões comerciais.

O mercado também se manteve cauteloso com menor crescimento da economia chinesa, que em 2018 desacelerou para o seu nível mais lento em 28 anos, um resultado provocado, principalmente, pelas tarifas dos Estados Unidos, o que coloca o país sob pressão para atuar com novas medidas de estímulo

Atuação do Banco Central no câmbio
Nesta sessão, o Banco Central brasileiro vendeu 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, o BC rolou US$ 10,05 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral dos contratos.

Com a Agência Reuters.

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