Dólar tem forte queda e volta fechar baixo de R$4

A nova alta do petróleo e medidas da China ajudaram amenizar as turbulência nos mercados financeiros.
Dolar Foto Stockvault 900x550 06 01 2016 otimizada

O dólar recuou quase 2% nesta segunda-feira (22), voltando a se distanciar do patamar de R$ 4, refletindo o bom humor no exterior após a China adotar novas medidas para enfrentar a turbulência nos mercados financeiros. O mercado externo também está animado com a nova alta dos preços do petróleo, enquanto no cenário doméstico a nova fase da Operação Lava Jato “empolgou” os investidores, após o decreto da prisão temporária do marqueteiro João Santana, ligado ao PT.

A moeda norte-americana recuou 1,81%, cotada a R$ 3,9500 na venda, após chegar a R$ 3,9312 na mínima do dia. Como resultado, o dólar acumula queda de 1,84% em fevereiro. Em 2016, tem leve variação positiva de 0,05%.

No fim de semana, a China removeu o chefe da agência reguladora de mercados de capitais e indicou em seu lugar um alto executivo do setor bancário. Sinais de que o governo chinês está intensificando seus estímulos também contribuíam para o bom humor, conforme noticiou a agência de notícias ‘Reuters’.

A alta dos preços do petróleo também contribuiu para o otimismo de hoje. Segundo a ‘Reuters’, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) informou que espera que a produção de xisto nos Estados Unidos recue neste ano e no próximo, possivelmente aliviando a sobreoferta global do petróleo.

No cenário local, o mercado refletiu, principalmente, à deflagração da 23ª fase da Lava Jato, que decretou a prisão temporária do marqueteiro João Santana, ligado ao PT. O marqueteiro trabalhou para o partido em diferentes ocasiões, incluindo campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, destacou mais cedo o jornal financeiro ‘Info Money’.

Apesar do movimento, que pode levar a moeda a mais quedas nos próximos dias, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou que há menor espaço para “movimentos significativos” de depreciação cambial neste ano, mas repetiu a indicação de que a Selic será mantida no atual patamar de 14,25% ao ano por um importante período.

“Ressalto que o cumprimento do regime de metas e a convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017, não contemplam reduções da taxa básica de juros”, afirmou ele durante evento em São Paulo, fechado à imprensa, e cuja apresentação foi disponibilizada pelo BC em seu site.

Ainda de acordo com o ‘Info Money’, as ordens de venda também são intensas no mercado de juros, apesar de não ocorrer um fluxo muito forte de estrangeiros na parte longa da curva, que hoje registra as quedas mais fortes. O DI janeiro de 2021 caiu 25 pontos-base, para 15,49%, enquanto o contrato de janeiro de 2017 recuou 4 pontos, a 14,18%.

Atuações do Banco Central
Nesta manhã, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou US$ 7,544 bilhões, ou cerca de 75% do lote total, que equivale a US$ 10,118 bilhões, segundo a ‘Reuters’.

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