Diante de fortes sinais de fraqueza no crescimento, o governo do Japão manteve inalterada sua avaliação geral sobre a economia do país, afirmando que ela continua se recuperando moderadamente, mas reconheceu pontos de fraqueza e rebaixou a previsão sobre os lucros das empresas, informou nesta segunda-feira (23) o Escritório do Gabinete Japonês em seu relatório mensal.
No relatório, o governo também afirmou que o lucro das empresas melhora, mas “o ritmo desse avanço tem desacelerado”. Por outro lado, melhorou sua avaliação sobre a construção de moradias, ao dizer que “há sinais de aceleração na atividade nesse setor”, disse o Escritório do Gabinete em seu relatório econômico relativo ao mês de maio.
Indicadores recentes mostraram que as exportações japonesas caíram com força em abril e a atividade industrial sofreu a contração mais rápida desde que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, assumiu o cargo no final de 2012, dando mais evidências de que a política de estímulos conhecida como “Abenomics” está tendo dificuldades para ganhar força.
Contudo, dados divulgados na semana passada mostraram que a economia do Japão cresceu 1,7% em uma base anualizada no primeiro trimestre. Analistas dizem que os dados do PIB foram muito mais fortes que a alta de 0,3% esperada pelo mercado, mas quando retirado o efeito de mais dias úteis em fevereiro, a economia japonesa continua estagnada.
Além disso, a especulação sobre estímulos políticos no Japão aumentou após grandes terremotos afetarem o sul do país, em abril. Os tremores causaram estragos avaliados em entre 2,4 trilhões e 4,6 trilhões de ienes (US$ 22 bilhões a US$ 42 bilhões) e a atividade econômica sofreu prejuízo de 90 bilhões a 127 bilhões de ienes até agora, segundo estimativas oficiais.
O governo ainda disse no relatório que trabalhará para uma recuperação antecipada da economia regional, com o uso de um orçamento extra e que foi aprovado na semana passada.
Fontes: Agência Kyodo | Jornal Estadão.
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