Atualizado em 26/08//2019
O principal índice da inflação ao consumidor no Japão ficou em uma mínima de dois anos em julho, aumentando a pressão para que o Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) reconheça que o crescimento dos preços na terceira maior economia global está desacelerando, o que pode obrigar a aumentar o seu forte programa estímulo monetário.
Com a economia global afetada pela guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e incertezas sobre a aceleração da demanda no segundo semestre do ano, as atenções se voltaram aos bancos centrais para que avaliem sua prontidão para mais estímulos.
De fato, as expectativas de que o banco central do Japão vai afrouxar mais a política monetária aumentaram, mostrou recente pesquisa da Agência Reuters, após o banco central ter se comprometido em sua última reunião a aumentar o estímulo se a desaceleração global se prolongar.
O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que inclui produtos derivados do petróleo, mas exclui alimentos frescos, subiu 0,6% em julho sobre o ano anterior, igualando as expectativas dos economistas.
A leitura de julho igualou a alta do mês anterior, que foi a mais fraca desde julho de 2017, quando índice subiu 0,5%.
O chamado núcleo do núcleo do CPI, que exclui os efeitos dos custos voláteis de alimentos e de energia, avançou 0,6% em julho. Ele é observado de perto pelo BC japonês para avaliar quanto a força da economia se traduziu em aumento de preços.
Mas os dados indicam que o banco central permanece bem atrás em seus esforços para alcançar a meta de 2%, conforme a queda nas exportações devido à guerra comercial e a desaceleração da demanda global afetam a terceira maior economia do mundo.
Da Agência Reuters US / Tradução e Edição Mundo-Nipo.com (MN).
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