O governo do Japão reforçou suas medidas antiterroristas, aumentando a segurança em aeroportos, usinas nucleares e outras infraestruturas sensíveis, como forma de prevenção após os atentados de terça-feira em Bruxelas, conforme noticiou nesta quinta-feira (24) a agência de notícias EFE citando a imprensa japonesa como fonte.
A Agência Nacional de Polícia (NPA, na sigla em ingês) aumentou o número de efetivos em aeroportos internacionais, edifícios governamentais, estações ferroviárias e outras áreas com grande fluxo de pessoas, informou hoje o jornal “Nikkei”.
Além disso, o Ministério da Justiça japonês começou a obter informações dos serviços de inteligência estrangeiros sobre todos os passageiros que têm como destino o Japão, com o objetivo de detectar antecipadamente indivíduos que possuem possíveis vínculos com organizações terroristas.
A guarda costeira japonesa, por sua vez, intensificou a vigilância marítima em torno das usinas nucleares do país, cuja maioria permanece desativada desde a catástrofe nuclear de Fukushima em março de 2011.
Todas essas medidas fazem parte da resposta do Executivo após os atentados de terça-feira no aeroporto internacional de Zaventem, que atende Bruxelas, e na estação de metrô Maelbeek da capital belga, que deixaram ao menos 31 mortos e aproximadamente 260 feridos.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou na quarta-feira que seu país “deve aumentar a vigilância para prevenir o terrorismo e garantir a segurança de todos os seus cidadãos”.
Em dezembro do ano passado, o Japão já tinha decidido melhorar sua preparação nessa matéria coma criação de um departamento especial antiterrorista por causa das ameaças feitas pelo Estado Islâmico (EI) contra o país asiático, e também para fortalecer a segurança nos eventos internacionais que o país receberá nos próximos anos, como os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.
Além disso, o Japão sediará no próximo mês de maio a cúpula do G7, nos dias 26 e 27, na cidade litorânea de Shima, no centro do país. Para garantir a segurança do evento, as autoridades preveem mobilizar um dispositivo especial com aproximadamente 20 mil policiais.
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