O governo do Japão deixou inalterada sua avaliação sobre a economia, afirmando que o crescimento permanece em um caminho de recuperação gradual, de acordo com o relatório mensal relativo ao mês de maio e divulgado pelo Escritório do Gabinete Japonês.
“A economia do Japão continua a se recuperar gradualmente”, diz o texto do relatório do governo do primeiro-ministro Shinzo Abe.
O governo também manteve sua avaliação de que os gastos do consumidor estão “se recuperando”, uma vez que os gastos com eletrônicos domésticos mostram sinais de melhora e que as famílias gastam mais em alimentação fora de casa.
“Os gastos de capital estão se expandindo gradualmente”, avaliação também inalterada em relação ao mês passado.
A economia do Japão encerrou sua melhor fase de expansão em décadas, com o Produto Interno Bruto (PIB) se contraindo mais do que o esperado no primeiro trimestre deste ano devido aos baixos gastos do consumidor, investimentos em negócios e exportações. A terceira maior economia do mundo encolheu 0,6% em termos anualizados no primeiro trimestre.
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Muitos economistas dizem que esse declínio será temporário, mas há dúvidas sobre a força da recuperação da economia.
O Escritório do Gabinete expressou confiança de que a economia irá se recuperar rapidamente devido a um mercado de trabalho interno apertado e à sólida demanda de outros países por bens e serviços japoneses.
“O declínio no PIB do primeiro trimestre veio depois de oito trimestres de crescimento, então não estamos mudando nossa avaliação geral”, disse um funcionário do Gabinete a repórteres.
“Houve muitos fatores temporários, como o clima frio, que elevou os preços dos vegetais, o que levou a menores gastos do consumidor”.
A possibilidade de atrito comercial com os Estados Unidos continua sendo um risco para a economia japonesa voltada para exportação, uma vez que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promulgou em março uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre as importações de alumínio, isentando temporariamente alguns de seus parceiros como Canadá, México, Brasil, Argentina, Austrália e União Europeia.
Apesar de ser um aliado dos Estados Unidos e dos esforços do primeiro-ministro Shinzo Abe, o Japão não obteve isenção.
Mediante isso, o governo do Japão comunicou à Organização Mundial do Comércio (OMC) que está disposto a adotar medidas de represálias comerciais aos produtos americanos.
Com informações da Agência Reuters e do Valor Online