Atualizado em 28/11/2018
Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão (BoJ, banco central japonês), expressou confiança de que a autoridade monetária pode reduzir seu balanço patrimonial a um ritmo adequado sem prejudicar os mercados, quando sair de sua atual política monetária ultrafrouxa.
Kuroda também disse que a enorme compra de títulos tem como objetivo atingir sua meta de inflação de 2%, e não reduzir a enorme dívida pública do governo.
“Como lidar com o balanço patrimonial expandido do Banco do Japão estará entre os principais desafios para nós quando sairmos da flexibilização monetária”, disse Kuroda ao parlamento nesta segunda-feira (26).
“Mas a experiência passada de outros bancos centrais indica que, com uma boa combinação (de resgate e reinvestimento de títulos), é possível reduzir nosso balanço a um ritmo adequado, mantendo os mercados estáveis”, disse ele.
O Banco do Japão se tornou o primeiro entre os países do G7 a possuir ativos que valem coletivamente mais do que toda a economia do país, após uma década de gastos destinados a acelerar o fraco crescimento dos preços.
Críticos do programa de estímulo radical do banco central alertam que a autoridade monetária pode ter dificuldades para reduzir seu enorme balanço quando chegar a hora de sair da política ultrafrouxa.
Kuroda rejeitou tais preocupações, dizendo que o Banco do Japão projeta uma saída suave, impedindo o reinvestimento de alguns dos fundos que resgata de títulos que atingem a data de vencimento.
Com Agência Reuters