Atualizado em 01/07/2018
O índice de desemprego no Japão caiu em maio ao seu menor nível em quase 26 anos, em um contexto que reafirma a tétrica escassez de mão de obra no país, o que tem gerado um mercado de trabalho apertado, com a oferta de emprego bem maior que a procura, de acordo com dados divulgados pelo Governo do país neste sábado (30).
De acordo com o relatório do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão, a taxa de desemprego no país despencou para incríveis 2,2% em maio, ante 2,5% registrado em março e abril.
Trata-se do nível mais baixo do índice desde outubro de 1992 e vem bem abaixo da previsão média de 2,5% estimados por economistas consultados pelo jornal financeiro ‘Nikkei’.
A taxa de desemprego no Japão vinha situando entre 2,7% e 2,8% desde junho de 2017, após ter caído de forma regular nos meses precedentes e despencar após recuar para 2,4% em janeiro, menor percentual desde abril de 1993.
Em uma base sazonalmente ajustada, o número de desempregados no país registrou forte retração de 12,2% em relação a abril, o que representa recuo de 210 mil, para 1,51 milhão de pessoas sem trabalho no país em maio, ante 1,72 milhões em abril.
Por gênero, a taxa de desemprego entre os homens situou-se em 2,4%, queda de 0,4% ante abril. Já o índice entre as mulheres ficou em 2,0% em maio, recuo de 0,1%.
Por sua vez, o número de pessoas empregadas no mês passado subiu para 66,73 milhões em uma base sazonal. A leitura significa que o mercado de trabalho no Japão viu um acréscimo de 200 mil trabalhadores ou alta de 0,3% ante abril.
O Ministério Interno destacou que as condições do mercado de trabalho no país têm “melhorado de maneira sólida”.
Dados separados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social mostraram que a oferta de emprego em relação à procura subiu um décimo de ponto percentual ante o mês anterior, situando-se em 1,60 em maio, isso quer dizer que havia no país 160 empregos disponíveis para cada 100 pessoas em busca de trabalho no mês passado.
O número é o mais alto já registrado no país desde janeiro de 1974, quando ficou em 1,64. A máxima histórica, no entanto, ocorreu em 1973, ano que atingiu incríveis 1,76.
Japão, que se diferencia de outros países industrializados por sua baixa taxa de desemprego, passa atualmente por uma desaceleração do crescimento econômico, sobretudo por conta de do fraco consumo das famílias e do crescimento lento dos salários, apesar da pressão no mercado de trabalho.
Analistas dizem que a economia japonesa se encontra em um ritmo de registrar a expansão mais lenta entre as economias do G7 (Grupo das sete nações mais industrializadas do mundo) em 2018.
Além disso, o FMI calculou que “o impacto do envelhecimento populacional pode potencialmente reduzir o PIB anual médio do Japão nas próximas três décadas”.
Do Mundo-Nipo
Fontes: Jornal Nikkei | Financial Times.
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