O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou queda de 4,08% em 2015, após recuar 0,09% em 2014, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo do Banco Central.
Se a prévia do BC for confirmada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 3 de março, será a primeira retração da economia brasileira em seis anos e, também, o maior “encolhimento” do PIB desde 1990.
O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade de três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária – uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira.
Segundo dados dessazonalizados (ajustados para o período), o índice recuou 1,87% no último trimestre de 2015 ante o terceiro trimestre que, por sua vez, apresentou retração de 1,64%.
Em dezembro, o IBC-Br registrou queda de 0,52 % na comparação com novembro, marcando o 10º mês seguido de retração. Na comparação anual, o índice em dezembro despencou 6,51% ante igual mês de 2014.
O IBGE divulgará os dados sobre o PIB do quarto trimestre de 2015 e do ano passado como um todo no dia 3 de março. A expectativa de economistas na pesquisa Focus do Banco Central é de contração em 2015 de 3,8%, após um ano marcado por incertezas políticas e fiscais que se arrastam para 2016.
A produção industrial brasileira teve seu pior desempenho histórico em 2015, com recuo de 8,3 por cento, enquanto o volume do setor de serviços registrou o primeiro resultado anual negativo após três anos de altas.
Já o setor varejista foi se deteriorando mês a mês diante da inflação em dois dígitos, restrição de crédito e desemprego elevado.
Os péssimos resultados dos indicadores carregam para o início deste ano um peso bastante negativo que afetará a economia de forma generalizada, segundo a agência Reuters.
Fontes: Agência Reuters | Agência Brasil.
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