Do Mundo-Nipo
O governo japonês está acelerando seus esforços para promover a participação feminina nas esferas do poder como parte de sua estratégia de crescimento econômico.
De acordo com o plano do governo, as empresas de grande porte do país serão requisitadas a revelar o percentual de mulheres ativas em seus conselhos deliberativos. O objetivo é fazer com que as companhias preencham cerca de 30% de seus cargos administrativos com funcionários do sexo feminino até 2020.
Recentemente, Japão foi instado pela Organização para Desenvolvimento da Cooperação Econômica (OCDE) a promover maior participação das mulheres no mercado de trabalho. “O nível de participação das mulheres deve ser tão elevado quanto aos dos homens para a economia japonesa continuar crescendo”, declarou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, em sua visita ao Japão no início deste mês.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também pediu Japão para aumentar o número de mulheres no mercado de trabalho através de desregulamentação e outras medidas, dado o envelhecimento da população, para sustentar o crescimento econômico.
A ONU observou a disparidade na participação da mulher no mercado de trabalho entre os países desenvolvidos, que varia de seis pontos percentuais na Suécia a 25 pontos percentuais no Japão.
Com isso, o primeiro-ministro Shinzo Abe disse que fazer com que as mulheres se tornem fortes é a chave para o futuro do Japão.
Atualmente, apenas representam apenas 1% dos membros de conselhos deliberativos de empresas japonesas listadas na bolsa. Isso faz com que Japão fique muito atrás dos países economicamente desenvolvidos, como a França, com 28%, e os Estados Unidos, com 16%.
Japão também continua a se classificar mal no número de parlamentares do sexo feminino, ficando em 127º lugar na pesquisa global sobre a participação de mulheres na política. A participação das mulheres compreende apenas 8,1 por cento dos parlamentares na Câmara Baixa. A 127ª colocação é pior do que no ano anterior, quando o país ficou em 122ª lugar.
Com isso, Japão aparece atrás de países como Mali, internacionalmente conhecido pela prática da mutilação genital feminina.
(Do Mundo-Nipo com Agências)
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